quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Liga da Justiça (para o bem ou para o mal?)

Olá, gente boa, gente amiga, venho convocar a legião de NERDs porque o mundo está para enfrentar mais uma crise. Hoje 08 de Agosto de 2012 foi noticiado que a Warner Bros está negociando com Ben Affleck para dirigir o filme de Liga da Justiça. Vamos analisar os fatos:

Você lembra do Ben Affleck aquele sujeito que fez Demolidor?

Pois bem, é com esta figura que os estúdios Warner querem fechar negócio. Veja bem, eu não tenho nada contra o Ben Affleck, só contra o trabalho dele. A expressividade deste cara é zero, até uma pedra interpretaria um Demolidor melhor do que ele fez, foi uma das piores adaptações para o cinema e ninguém há de negar esse fato. Até aí você pode dizer que está tudo bem, ele vai dirigir, não atuar. Mas eu duvido das capacidades dele de ser um bom diretor também. Sei que são coisas distintas, mas se a gente for analisar o currículo do cidadão só tem péssimas experiências com filmes de super-heróis. Outros diretores com mais gabarito para a temática poderiam fazer um melhor uso do cenário e dos recursos de Liga da Justiça.

Tirando a trilogia do Batman dirigida por Christopher Nolan, a DC não emplacou um bom filme de herói há tempos e não creio que será colocando o Ben Affleck à frente de um projeto desses que vá melhorar a situação. O último filme de herói deles que foi o do Lanterna Verde, eu prefiro não comentar o fiasco que é esta produção, se alguém quiser manifestar alguma opinião a respeito dele nos comentários fique a vontade, mas acredito que todo mundo saiba o quão ruim ele é.

Ainda sobre as skills de direção do Ben Affleck, segundo o IMDB ele dirigiu apenas 5 filmes, sendo dois curtas e um desses curtas era de 1993 quando ele não tinha começado sua "carreira" de diretor ainda. Os outros foram de 2007 à 2012, nenhum deles de super-herói, sendo o único filme de herói feito por ele "Demolidor - O homem sem medo" no qual o resultado foi uma catástrofe. Digam o que quiserem, mas acho que essa idéia tem tudo pra acabar mal e manter "Os Vingadores" no topo da lista de filmes do tipo grupo de heróis.

PS.: Acredito que não tenha um maldito blog sequer na internet que tenha publicado uma resenha boa a respeito do filme do lanterna verde.

Fonte: Omelete

domingo, 5 de agosto de 2012

Batman: The Dark Knight Rises, por Tiago Ikari

Antes de mais nada, gostaria de pedir desculpas aos senhores(as) por não trazermos o cdfcast14, que como vocês já deviam saber, seria sobre Batman The Dark Knight Rises. O motivo é bem simples e egoísta: eu precisava assistir o filme novamente.



Como muitos de vocês sabem, eu sou um fã de Batman. Apesar de fazer anos que não leio novas histórias do Homem Morcego, sempre gostei bastante do personagem. Quando foi iniciado essa nova franquia trazida pelo incrível Christopher Nolan, fiquei mais pirado ainda. Adoro os filmes do cara, porque ele consegue mesclar fantasia e realidade como poucos diretores no ramo. Apesar de alguns deslizes durante os filmes do Batman, ele convence você que certas coisas, por mais incríveis que pareçam, são possíveis. 

Portanto, através dessa nova abordagem nos filmes do Batman, eu pude vivenciar o que é, de maneira diferente, aquele sentimento de que por mais que eu esteja assistindo um filme, sinta como se estivesse lendo uma hq, onde tudo é possível e imaginável, e estamos muito bem com isso, obrigado.

Estou divagando muito: Eu precisei reassistir Batman TDRK, por alguns motivos muito bestas, mas que me fizeram ter a sensação que para realmente falar alguma coisa com lógica sobre o filme, eu precisaria assisti-lo de novo. Primeiramente, no dia em que fui a estréia, estava cansado, com sono e um pouco estressado. Para completar a felicidade, a minha sessão(última daquela sexta), começou atrasando UMA HORA. Depois, o filme passou mais de 25 minutos DESFOCADO. Como se isso fosse pouco, quando finalmente ajeitaram a merda do foco, o filme começou a ter uma mudança a cada 3 segundos de iluminação(hora estava com a tela clara demais, hora estava escura demais). E para fechar com chave de bosta, como se todas essas desgraças não fossem suficientes, DESLIGARAM A MERDA DO AR-CONDICIONADO DO CINEMA! Sério, sem palavras para o desconforto que foi essa sessão...

Segundo, e acho que um dos mais sérios motivos, a ansiedade por assistir esse filme realmente foi um fator negativo. Assisti todos os trailers, acompanhava cada notícia que saía em blogs especializados, lia spoilers que apareciam na internet... Eu vivi a espectativa desse filme como nenhum outro(nem em LoTR:Return of the King) já tinha feito comigo. Eu esperava tanto, eu imaginava tanta coisa que a experiência de assistir esse filme acabou se transformando em um monstro completo. E quando eu finalmente encarei esse monstro, eu me dei conta que não me senti satisfeito. Achava que faltava algo, mesmo não sabendo o que era. A maldita ansiedade por esse filme me fez não apreciar da maneira correta a experiência que é assistir TDKR.

Então, com essas coisas na cabeça, eu decidi assistir mais uma vez e, inteirado do que aconteceria e como esse filme interagia com os antecessores, fui com uma alma e uma cabeça mais livre para a sala de cinema(em uma outra rede de cinemas, com qualidades de som e imagens superiores).
The Dark Knight Rises não é o melhor filme da franquia do Nolan. Ponto final para mim. Mas não significa que ele seja ruim. Ao contrário, ele mantem as características boas dos demais filmes e ainda se supera em alguns pontos fracos dos anteriores. Entretanto, ele não é um The Dark Knight. Não temos reviravoltas tão impactantes como no TDK. O grande problema desse filme é justamente ter vindo após O Cavaleiro das Trevas. Ao meu ver, nada que pudesse vir após TDK podia ser mais poderoso do que ele. Infelizmente, Nolan não conseguiu se superar, mas isso não significa que o filme é ruim.

Em TDKR, os personagens nos são apresentados de uma maneira muito mais trabalhada(algo natural, já que a grande maioria já nos foi bem apresentada nos anteriores), e o papel dos atores está muito mais fantástico. Todos os personagens conhecidos estão em um nível tão bom que é impossível você não perceber essa profundidade de personalidade que cada um tem.


Ao meu ver, os maiores destaques vão para Alfred e Bruce. Apesar de ter bem menos cenas do que nos filmes anteriores, Alfred rouba completamente a cena cada vez que aparece. Eu digo TODAS as cenas. Se Michael Cane não for indicado ao Oscar por esse filme, seria uma das maiores injustiças já cometidas por Hollywood. E é nesse filme que finalmente somos agraciados com uma fantástica interpretação de Bruce Wayne. Ele é tão humano, tão cheio de falhas, tão único, que é impossível você não acreditar que o Christian Bale não é o Bruce. Engraçado que novamente não temos um filme do Batman(o personagem), e sim do seu alter-ego. O Batman nesse filme é um coadjuvante do Bruce. E isso foi uma das sacadas de mestre do Nolan.

Vemos um Bruce Wayne amargurado, arrogante e convencido do próprio ego, que está tão inflado que não o deixa perceber suas próprias limitações. Esse Bruce congelou no tempo e acredita que mesmo após 8 anos sem treinar, tudo que ele precisa para voltar a ser o Batman é recolocar a fantasia. É aí que relembro da cena do Batman Begins, quando Alfred conversa com Bruce sobre conhecer os próprios limites, e o arrogante Bruce diz que o Batman não tem limites. Mas está lá o Alfred para lembra-lo que Bruce os tem. Nada conseguiu me convencer mais do que aquele personagem poderia ser alguem de carne e osso. Alguém preso ao passado, as glórias antigas, tudo em nome do próprio umbigo. Eu mesmo já tive essa sensação, que poderia fazer coisas incríveis porque há 6 ou 7 anos atrás eu conseguia. Nada como a realidade(essa vadia sem pena) para nos lembrar que tudo isso não passa do nosso ego inflado gritando como uma criança birrenta que quer um briquedo.

Alfred nesse filme é finalmente agraciado com a melhor e mais emocionante cena do filme: sua conversa com o Bruce(e o sentimentalismo por ter criado o rapaz) e sua despedida. É emocionante, tocante e feito de uma maneira que não parece forçado ou piegas. Sem sombra de dúvidas, o melhor personagem do filme. Pena que sua participação em quantidade de cenas é pouco, mas é melhor que fosse assim, já que ele com certeza transformaria esse filme em um filme do Alfred caso aparecesse mais.



A Mulher Gato(que hora nenhuma do filme é chamada assim) está fantástica. Anne Hathaway está ótima no filme. Linda, divertida, esperta. Adorei ainda mais que seu relacionamento com a amiga, me lembra muito aquele arco que a Mulher Gato meio que adota a Arlequina como sua protegida. Tirando a cena com o Bane(que não farei grandes spoilers), todo o resto me agradou muito. Não acho que apague a interpretação da Michelle Pfeiffer, mas com certeza será marcante.

Jim Gordon está soberbo. É possível sentir na pele do personagem o peso que a mentira que ele e o Batman inventaram sobre seus ombros. Apesar de ter um grande erro para mim no filme(que novamente não direi), ele continua sendo aquele Comissário Gordon que esperamos. Falar de Gary Oldman é chover no molhado,correto?

Lucius Fox tem um papel bem menos importante do que nos outros filmes, mas ainda assim é interpretado de maneira fantástica pelo Morgan Freeman.

Joseph Gordon-Levitt está muito bem no papel de policial inocente e determinado. Apesar de achar que teve muito destaque(o que se prova necessário para a conclusão do filme), a atuação dele é ótima e o seu personagem é contruído de maneira com que você aceite ele bem. Apesar de ver pessoas reclamando da sua super lógica(sem spoilers, novamente), eu não vejo como uma pessoa normal, ainda mais um policial, não teria ligados os pontos.


Para encerrar, o vilão da história: Bane. Começo dizendo que se você está esperando alguém mais carimático do que o Coringa no filme, você irá se decepcionar. Mas isso não tira o mérito geral do personagem do Tom Hardy(quase que irreconhecível no filme), apenas entre no cinema e veja como o personagem é apresentado. Alguém forte, tanto fisicamente quanto na presença de cena que possui. Adorei a forma como a origem do personagem e o ressurgimento da Liga das Sombras(apesar de não gostar de determinados pedaços que não falarei hoje) foi apresentado. Uma pena o desfeixo final do personagem. Merecia um tratamento melhor. Um dos pontos que mais chamei atenção aos meus amigos foi como o Tom Hardy pareceu gigante, mesmo que eles tenham o chamado de gordo. Para mim, o que foi buscado não foi um adversário halterofilista, e sim alguém com presença monstruosa. Ponto para o Bane.

Infelizmente, em um filme de ótimos personagens, fiquei muito decepcionado com a personagem da Miranda(Marion Coltillard). Sem graça, sem sal, sem esforço. Tive uma longa discussão ontem com Nappa e minha senhora sobre a interpretação dela. Em todos os momentos, achei ela no automático. E nos momentos em que foi exigida uma interpretação maior, uma decepção ainda pior. DCepcionante(com direito a piadas internas para os leitores da DC), ainda mais para o que ela representava e prometia.



Eu ainda falaria sobre a trama do filme, mas esse texto já está tão grande, e o objetivo dele já se perdeu há muitas linhas atrás. Tudo o que eu queria dizer é: que bom que finalmente vimos um filme onde um Batman e um Bruce Wayne são pessoas críveis, seres fantasiosos que nos parecem tão reais. Parabéns ao Nolan que, por mais que diga que não é um fã de quadrinhos, deu aos fãs das hqs diversos presentes nas referências que fez. Fechou muito bem a trilogia que construiu, apagando de vez nos cinemas a impressão errada que Joel Schumacher deixou.

O filme não é perfeito, mas vamos falar disso no CdFCast 14, sobre The Dark Knight Rises. Por enquanto, recomendo que aqueles que ainda não assistiram corram para o cinema mais próximo, e aqueles que já viram e pretendem ver de novo, que procurem mais elementos maravilhosos desse filme.

Até a próxima.